1 | O que é cartilagem? A cartilagem é um tecido fibroelástico que reveste as nossas articulações. Ela é formada, principalmente, por colágeno, água e células específicas chamadas de condrócitos. A cartilagem não possui vasos sanguíneos, linfáticos ou inervação. Além disso, a cartilagem tem baixo potencial de se regenerar.
2 | Pra que serve a cartilagem?
A cartilagem tem como função principal amortecer o impacto e suavizar o deslizamento entre as superfícies ósseas. Caso não existisse, haveria atrito entre um osso e outro, o que chamamos de artrose.
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3 | Quais articulações podem estar mais envolvidas na lesão da cartilagem? Todas. Porém as articulações mais envolvidas e as mais sintomáticas são as que sustentam o peso, principalmente quadril, joelho e tornozelo.
4 | É verdade que a cartilagem lesada nunca mais é reparada?
Sim. A cartilagem praticamente não possui poder de cicatrização ou de regeneração. O que ocorre em alguns casos é a formação de um tecido cicatricial fibrocartilaginoso, sem as mesmas características da cartilagem normal, mas que pode fazer a mesma função por um período de tempo ainda indeterminado.
5 | Quais os principais sintomas para quem tem lesão de cartilagem?
Geralmente, os pacientes apresentam dor, inchaço e travamento da articulação envolvida. A limitação às atividades ocorre de acordo com o tamanho e o local da lesão.
6 | Existe algum exame de imagem que confirme a lesão?
Sim. A Ressonância Magnética, por exemplo, é um exame extremamente útil. Os aparelhos mais modernos mostram a lesão com detalhes, inclusive com estudo do seu metabolismo.
7 | Existe tratamento para a lesão da cartilagem?
Sim. O tratamento pode ser não-operatório (através de medicamentos, fisioterapia e orientações) ou cirúrgico. Depende de muitos fatores como o tipo de lesão, a localização da lesão, a estrutura óssea do paciente, tipo de atividade que o paciente está habituado a fazer, etc.
8 | Como é feita a cirurgia?
Existem várias opções que dependem do tamanho e do local da lesão, além das características do paciente. Entre as principais temos:
Regularização da lesão, ou seja, aparamento do entorno da lesão.
São realizados pequenos orifícios no osso exposto com o objetivo de estimular pequeno sangramento local e a formação do tecido cicatricial fibrocartilaginoso.
Retirada de um fragmento de ósseo revestido com cartilagem de um local que não recebe carga do próprio paciente e colocado na lesão.
Células da cartilagem são retiradas, cultivadas em laboratório e reimplantadas no defeito. Pouco disponível no Brasil devido ao seu alto custo.
Material de baixo atrito, colocado no local da lesão.
Trata-se da retirada de parte do osso e cartilagem de um doador e colocação dessa peça no paciente receptor. É uma técnica pouco praticada e só é usada como última alternativa.